02 dezembro 2007

Depois da Tempestade...


E veio o vento arrebatando os sonhos

Caíram os muros num destroço sem igual

As pedras rolaram num desalento, viraram pó

O que restou só desengano, nada mais.


Qual o caminho que resta em teu alento!

Nada mudou, a vida é rota certa atingível

Quem vale o “total”! Somos todos incompletos

Limpas os destroços, a nova rota é visível.


Depois da tempestade a bonança é porvir

Despertam experiências mais floridas

A nova arquitetura trará mudanças vivas

A vida sorrirá na luta, há mais guarida.


A calmaria retorna, navega em mar tranqüilo

O coração repousa maduro e agasalhado

Outras tempestades virão, é rota certa!

Mas a força te conduz em rumo aprumado.


O amor fala baixinho ao coração cansado

Será que me recusarei a amar, serei livre despojado?

Mas ao toque da sineta anunciando a nova amada

É o sorrir no mesmo "toc" cabisbaixo, apaixonado. Pronto.

12 junho 2007

Cheetara Rulesssssss......


A todos os anjos que tentaram me salvar.
Não fiquem tristes, pois hoje estou a descansar, dormindo como anjo e sem dor para me atormentar.
Salve, salve todos os protetores que tentaram me ajudar.
A cada um deixo meu miau.
Vocês sempre vão lembrar que um dia uma simples Gatinha tentaram salvar... e fizeram tudo para meu sofrimento amenizar...
Mas Deus olhou para todos, agradecido pela dedicação, generosidade, bondade, amor, e respeito pelos animais, e agradecido resolveu me levar, para eu descansar e assimum dia ainda quem sabe, podermos nos encontrar no céu onde todos os anjos vão estar, inclusive vocês.
Salve os Anjos, Salve Deus, Salve os Protetores, Salve os Animais, Salve a Humildade, Salve o Amor e a Solidariedade.
Que Deus abençoe a todos que amam e respeitam os animais de verdade !
* 25/12/1990 + 11/06/2007
Esta é a Cheetara... que faleceu hoje... me esperou chegar do trabalho para se despedir...
Perdi mais um pedaço..........

15 maio 2007

Por que?


Ainda pior que a convicção do não, e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata, trazendo tudo o que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou, ainda joga; quem quase passou, ainda estuda; quem quase amou, não amou!

Basta pensar nas oportunidades que se escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel, por essa maldita mania de viver no Outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna.

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.

Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima; o amor enlouquece; o desejo trai.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor, não é romance.

Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfia do destino e acredita em ti.

Gasta mais horas realizando, que sonhando,fazendo, que planejando, vivendo, que esperando...

Porque, embora quem quase morreu esteja vivo, quem quase vive, já morreu...


"Nenhum homem pode alcançar a grandeza de que é capaz antes de se permitir ver a própria pequenez."

29 abril 2007

Velho Lugar


Já cansei de tentar quebrar a porta
Não me convidaram mesmo assim eu quis entrar
Me entreguei por um sonho que me corta
Sem sentir o gosto vi meu sangue derramar

Quero a chance de ser
O que eu quero ser
Sem medo de errar
No caminho que eu quero ver
E reconhecer
Ate me encontrar
Viro tudo ao avesso
Pelo meu recomeço
Nesse velho lugar

Sei que errei ao fazer a minha aposta
Não me perguntei se havia a chance de ganhar
Me arrisquei ao buscar uma resposta
Nesse seu silencio que insiste em me calar

Quero a chance de ser
O que eu quero ser
Sem medo de errar
No caminho que eu quero ver
E reconhecer
Ate me encontrar
Viro tudo ao avesso
Pelo meu recomeço
Será que eu não mereço
Nesse velho lugar